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O que é KYC?

KYC é um processo usado por instituições financeiras para evitar crimes financeiros e oferecer atendimento personalizado aos seus clientes.
O que é KYC?

KYC é a sigla para Know Your Customer, uma série de processos realizados por instituições, principalmente financeiras, para literalmente conhecer seu cliente. As práticas de KYC começam no cadastro do cliente, em que o mesmo apresenta uma série de documentação para comprovar sua identidade, seus recursos financeiros e seu endereço. No entanto, essa comprovação e análise de cadastro deve seguir durante todo o relacionamento entre as partes, com atualização de informações e acompanhamento de atividades do cliente.

O principal objetivo do KYC é combater atividades ilícitas, como lavagem de dinheiro, terrorismo, fraudes de identidade, corrupção e outras ameaças relacionadas a finanças. Ademais, ele auxilia no atendimento personalizado ao cliente, uma vez que a instituição pode customizar o atendimento, oferecendo os serviços mais adequados e prevendo riscos.

Com os avanços tecnológicos e as práticas automatizadas, o processo de Know Your Customer ganhou ainda mais importância e é, constantemente, aprimorado. Bancos, corretoras, exchanges e outras instituições financeiras já oferecem a possibilidade de cadastros e aberturas de contas de forma totalmente online, tendência que só tende a se expandir no futuro. Nesse processo, o KYC é fundamental e o único meio para o cliente comprovar sua identidade e práticas lícitas.

KYC na prática

Sabe quando você está abrindo uma conta online e fotografa os seus documentos de identificação (RG, carteira de motorista, passaporte, etc), seu comprovante de residência e ainda faz uma selfie segurando seu documento? Tudo isso, utilizando seu celular? Você está realizando o processo de KYC.

Na prática, o seu papel enquanto cliente é fornecer as informações solicitadas pela instituição na qual você está se cadastrando e aguardar a aprovação da sua documentação. Todo procedimento por trás disso fica por conta da empresa, que utiliza de plataformas, inteligência artificial e conexão com outras instituições para analisar e aprovar seu cadastro.

Nas exchanges, geralmente você pode abrir sua conta com dados básicos, como nome, número de RG/CPF, e-mail e telefone. No entanto, seu acesso será ainda limitado, não liberando saques, compra/venda de criptoativos e até mesmo depósitos em fiat. Só concluindo seu KYC, ou seja, sua verificação de identidade, que todos os serviços serão liberados.

A coleta e verificação de dados é feita de forma automatizada, graças a tecnologias como inteligência artificial, OCR (Optical Character Recognition — ou Reconhecimento Óptico de Caractere, em português), RPA(Robotic Process Automation), entre outras. Isso torna o processo mais dinâmico, simples e rápido, um grande benefício para o cliente que quer iniciar sua jornada financeira sem percalços.

No entanto, o sistema não é perfeito e pode, sim, existir falhas. Cada vez mais golpistas encontram formas de fraudar esses processos por brechas que o sistema não identifica. Dessa maneira, fica por conta da instituição priorizar tecnologias robustas e estar em constante aperfeiçoamento e atualização de seus processos.

KYC e os criptoativos

As criptomoedas têm uma natureza pseudônima e estão muito ligadas a liberdade e descentralização. Infelizmente, essas características fazem delas instrumento para atividades ilícitas, como lavagem de dinheiro e evasão fiscal. Por esse motivo que as práticas de regulamentação do KYC são tão importantes no funcionamento das exchanges, pois são o meio de impedir que esses crimes sejam cometidos através dessas plataformas.

Há argumentos de que esse tipo de verificação e burocracia vai contra a proposta de descentralização das criptomoedas, mas, na verdade, evoluir com as etapas de KYC não irá dificultar de maneira nenhuma a compra, venda e troca de criptomoedas. Na verdade, só deixará o processo mais legítimo e seguro para ambas as partes.

Além disso, é possível citar ainda mais benefícios, como: prevenção e gerenciamento eficaz de riscos; auxílio no cumprimento da legislação de compliance; redução de perdas e otimização de lucros; melhor experiência para o usuário.

Questões de regulamentação

Cada país determina uma legislação própria de práticas de KYC, no entanto, há um consenso global em relação a esse processo. A FATF (Financial Action Task Force) é quem coordena a cooperação multinacional sobre condições regulatórias. Ao mesmo tempo, existem duas importantes diretrizes internacionais: A 5th Anti-Money Laundering Directive (5AMLD) ou 5ª Diretiva contra a Lavagem de Dinheiro, e o Electronic Identification, Authentication and trust Services (eIDAS) ou Regulamentação de Identificação Eletrônica e Serviços Confiáveis.

No Brasil, o Know Your Customer é regulamentado pela Lei 9.613/98, que aborda a prevenção de crimes no uso do sistema financeiro brasileiro. A norma define que a instituição precisa exigir uma série de documentos e dados sobre o usuário.


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